PALESTRA
“INOVAÇÃO ATITUDINAL”
José Predebon, inverno de 2016
Essa é a minha palestra mais nova, e
ex-alunos sugeriram que eu colocasse o conteúdo neste site. Fiz
então este
texto, que mostra como uma aluna presente (imaginária) fala
sobre ela para um
aluno ausente. Para ter a descrição em tamanho
viável a este site, a aluna, sem
memória de elefante, resumiu o que lembrou.
Aluna presente,
conversando com o aluno ausente – Olha, quando o Predebon for dar
essa palestra
de novo, não perca, vá assistir, você vai ver como
é importante!
Aluno ausente – Importante
de que forma?
Ap – Porque tem muita
informação sobre a
atualidade. Você tem de assistir, até por que ele durante
suas palestras responde
todo tipo de pergunta sobre o que está falando; aí o tema
entra nos atalhos e cresce
na hora. Ele diz que esse é o melhor jeito de explorar um tema,
pois vira análise
feita através dum feixe de olhares – não é
isso mesmo?
Aa – Puxa, conta mais, como ele
começou?
Ap – Começou falando de um
banner que
estava lá pendurado, com 14 perguntas sobre o que ele iria
falar, ah, esse eu
fotografei antes da palestra, vou mostrar a você, veja as 14
perguntas. 1) O
QUE ESTAMOS FAZENDO AQUI? 2) FALAR DE MUDANÇA POR QUÊ? 3)
INOVAÇÃO: MODISMO OU
MODAL? 4) COMO FUNCIONA NA SOCIEDADE? 5) E NA FAMÍLIA? 6) E NO
TRABALHO? 7) INOVAÇÃO
TRAZ O QUÊ? 8) TRAZ HARMONIA? 9) DÁ DINHEIRO? 10) POR ONDE
COMEÇAR A INOVAR? 11)
ALGUM RECURSO DE HARDWARE? 12) TEM SOFTWARE? 13) TEM
REPROGRAMAÇÃO? 14) SUSCITA
MAIS PERGUNTAS?
Aa –Acho que dá para você
se lembrar das
respostas que ele deu às perguntas, não dá?
Ap – Vou tentar, vamos ver o que me
lembro de cada resposta.
(Daqui
para diante a aluna fala sobre cada resposta)
O QUE ESTAMOS FAZENDO AQUI? Ele
respondeu dizendo que as pessoas presentes deveriam ter vindo para
matar a
curiosidade sobre inovação, assunto muito falado, e ele
estava ali para contar
o que andava pesquisando e refletindo sobre o tema, principalmente
sobre como
ele toca as nossas atitudes
FALAR DE MUDANÇA POR QUÊ? Ele
disse que
começava pela mudança por que ela não é
só a base; é a mãe e a filha da
inovação. No caso da inovação atitudinal,
mudança é uma troca de ponto de vista
afetivo.
INOVAÇÃO: MODISMO OU MODAL? Ele
falou
que via mudança e
inovação como fatos cercam a todos na
atualidade. Se é onda passageira, modismo, ou é uma
maneira nova de processar o
mundo, uma modal é o que cada pessoa conclui, pois ele sugeriu
que cada um
responda por si, baseado no que sente.
COMO
FUNCIONA NA SOCIEDADE? Para
responder ele fez uma metáfora
com um trem que seria o trem da dinâmica social. É uma
metáfora interessante,
você vai ver quando assistir.
E
NA FAMÍLIA? A
inovação na família traz coisas boas,
principalmente no campo da qualidade de vida material. Mas aparece
também como
problema, na área do relacionamento. Lembrou o chamado choque de
gerações,
quando os pais não concordam com as ideias e o comportamento dos
filhos e
filhas.
E NO TRABALHO? Representa
principalmente aperfeiçoamento. Mas ao preço da
mudança, e aqui também ele
disse que iria se socorrer de um caso radical, e contou o drama de uma
empresa
de fotolitos quando precisou trocar o sistema artesanal pelo sistema
digital. A
equipe teve dificuldades, e a maioria dançou.
INOVAÇÃO TRAZ O QUÊ? Após
falar dessas dificuldades, ele justificou a pergunta seguinte,
então a inovação
no frigir dos ovos traz o quê? Resumindo telegraficamente, ele
afirmou que traz
progresso, mas raramente é suave e bem vinda, como no conhecido
exemplo da
Penicilina.
INOVAÇÃO TRAZ HARMONIA? Predebon
também justificou essa pergunta, que contradiz as dificuldades
trazidas pela
mudança contida na inovação. Explicou que a
harmonia é da pessoa que consegue
adotar a mudança, e nesse caso a pessoa se sentirá
harmonizada com o universo. Torna-se uma parte da mudança geral
e total, e seu
comportamento será bom para ela e para o contexto. Por fim disse
que essa
transformação está descrita e defendida no seu
livro “Criatividade Abrindo o
Lado Inovador da Mente”
INOVAÇÃO DÁ DINHEIRO?
Ah, o professor garante
que sim, pois o capitalismo
mostra: inovação é o grande
diferencial competitivo da atualidade. Sem inovação hoje
fica difícil trabalhar,
em qualquer setor.
POR ONDE COMEÇAR A INOVAR? Ele afirmou
que não existem receitas
prontas, com fórmulas. Cada pessoa desenvolve seu caminho
próprio, baseado,
antes de tudo, no autoconhecimento. Explicou então como esse
processo funciona.
ALGUM RECURSO DE
HARDWARE? Predebon
disse que não aprova técnicas radicais como o uso de
chips implantados, mas
ressalvou que existem recursos que estão dentro de nós,
com os quais poderemos
aprender a lidar. Descreveu como controlar uma zona do nosso
cérebro ligada à
inovação.
TEM SOFTWARE? Sequência
da pergunta sobre hardware, essa o professor disse que é
fácil de responder:
tem software, sim, e todos nós já usamos. É o
comportamento que adotamos ao
dizer “só para variar”. É quando por impulso
sadio, escapamos do conforto da
rotina adotando uma novidade. Se fizermos isso repetidamente,
ganharemos um
soft inovador em nossa vida.
TEM REPROGRAMAÇÃO? Predebon
disse que antes de falar sobre a possibilidade de uma mudança
atitudinal frente
à inovação, faria uma importante ressalva: a que
devemos estar disponíveis para
a inovação, sim, devemos estar dispostos a mudar
porém... porém, atenção, nunca
de forma indiscriminada, “nunca incondicionalmente”! Isso porque as mudanças bem sucedidas
são as
que contemplam as raízes. As que vão em
direção ao nosso id, ou em direção à
cultura de nossa organização. Se tentamos implementar uma
mudança forçada, será
dificultosa e com grande chance de fracassar. O assunto é
sério.
SUSCITA
MAIS
PERGUNTAS? Alguém
perguntou qual seria uma recomendação final do professor,
aos que desejavam se
tornar mais inovadores. Ele então descreveu uma metáfora
que usa em suas aulas,
e essa eu me lembro. É o que acontece quando qualquer pessoa
está esperando seu
ônibus, em um ponto. Ela vê passar coletivos que não
vão para onde ela quer ir,
então não lhe servem. Mas nem por isso ela deve achar que
são “ônibus errados”,
pois servem para outras pessoas. Por isso, não fica se
antagonizando com o que
serve a outras tribos, e não que para si. Não fica
contrariada, com raiva –
como acontece com os exageradamente conservadores. Essa metáfora
mostra um
recurso atitudinal para aceitar a diversidade. E aí nós
batemos palmas e fomos
para casa pensando em mudar de ótica e de comportamento. Foi bom□
Como
sempre, aguardo comentários e perguntas,
OK? JP
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