O MUNDO ESTÁ
GRÁVIDO DE
MUDANÇA.
José Predebon,
Esta página do
mês trata dos
processos
de mudança, pedra de toque da inovação
e
criatividade. Em 3 quinhentinos
(textos de 500 toques exatos) reproduzo uma tese sobre o tema, a partir
de 3
autores. Depois completo a “aula” com 3 dicas.
ILIA
PRIGOGINE.
É Nobel de
física e ensina que sistema é um conjunto em
equilíbrio, que repele anomalia.
Mas não é estático: subsiste perdendo
alguma
energia num lado e ganhando no
outro. Então, em certo prazo, essa dinâmica faz o
conjunto
perder o equilíbrio
e implodir. Mas, na hora, ele se reorganiza e cria outro sistema. Esse
salto é o
instante da mudança – em tudo o que existe, pois
nós, empresas, insetos, pedras,
tudo é sistema e nada é imutável.
Assim as coisas
estão sempre grávidas de
mudança, que é permanente mas se revela em
etapas. Aceitar
a mudança
é conciliar-se com a realidade do mundo.
HOWARD
GARDNER. Com
sua
teoria das inteligências múltiplas, mudou a
psicologia. No
livro “Mentes que
Mudam” trata da dinâmica da mudança de
opinião, em momentos do “cair a ficha”.
Afirma ele que o entorno nos traz sem parar
percepções
que incorporamos
inconscientemente. Conclui que em certo momento a soma de inputs
provoca uma
mudança dentro de nossa mente. Percebemos como Gardner e
Prigogine concordam e
nos explicam como funciona a mudança. Esse saber nos permite
gerenciar nossas
necessárias e permanentes adaptações
ao contexto
mutante. Por que? Para sermos felizes
precisamos mudar.
PETER
SENGE. Vem desse
pensador algo vital para completar nossa visão da
mudança. Seu livro “Presença”
registra a tese de que mudanças que vingam são as
que
têm a direção das raízes.
Nas pessoas, trata-se do id, o âmago do ser. Nas
organizações, diz do cerne da
cultura. Nessa ótica percebe-se por que tantas
mudanças
fracassam; são
tentativas que não contemplam
vocações. Unindo os
pontos vemos que a absorção
de energia (de Prigogine) só pode acontecer com o que
é
aceito pelo sistema. E
a soma de inputs (de Gardner) é uma resultante de
vivências bem sucedidas. Aceitemos
mudar, mas seletivamente.
DICA 1 – Um plano
de mudança
pessoal
precisa partir de bom nível de auto conhecimento –
sem
saber onde estamos, como
escolher outro local para ir?
DICA 2 – Elemento
vital para mudar:
desapego. Não se pode colocar novo conteúdo numa
mala sem
renunciar ao que
estava antes nela.
DICA 3 – Um
processo de mudança
começa a
ser facilitado ao se fixar metas e prazos. Vem depois, claro, um
mínimo de
disciplina – senão nada acontece.
Como de costume, fico
esperando os
comentários (que serão devidamente
retribuídos)
Abk JP
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