NATAL
Tentem
versos pois sua missão é tentar
neste
mês as mentes fundo atingir.
Comecem
aqui um pensada revisão
sem
a censura dos muros da fé.
Digam
primeiro de um geral engano
a
confundir os ritos do Natal
com
seu maravilhoso porquê.
Nenhum
acaso fez esse evento
ser
dos homens a festa maior.
Mais
do que dizem escrituras
mais
que crenças e tradições
mais
que a história de Belém
é
na vida e na carne do homem
que
o Natal se contém.
Ele
é o rito paralelo
que
se alimenta num fato
qual
trepadeira que sobrevive
abraçada
a grande tronco.
Bom
efeito que flui de grande causa
a
saga do Natal tem um razão profunda.
Lá
dentro dorme o princípio da vida
que
constrói mundos como eles são.
Força
que aparece e persevera teimosa
no
musgo que nasce entre pedras
no
peixe que se atira à piracema
na
semente que após milênios germina.
Divino
inato e compulsivo dom
presente
nos gens e nas gentes
a
força da vida tem como lei maior
sua
própria e perene renovação.
Cientes
os homens do valor do culto
para
preservar a boa mensagem
estabeleceram
comemorar a vida
na
história feliz de um nascer.
E
os sacerdotes organizaram a festa
avocando
a si os ritos que falam
de
ideais maiores que as fomes.
A
vida que havia sido gerada pelo amor
e
protegida no berço da ética
e
alimentada na fé do crescer
e
desenvolvida no entendimento do clã
ganhou
então um aniversário maior.
Estava
assentado o Natal.
Possam
estes versos ajudar alguém
a
descobrir que a luzes de dezembro
são
também elos alegres
da
grande corrente da vida.
É
bom comemorar o Natal
que
sua mensagem se mantém viva
e
assim alimenta a árvore mãe.
É
bom regar a trepadeira
Que
a água desce pelo tronco
Vivificando
a planta inteira.
Mesmo
em dúvida ou descrença
por
julgar os ritos meros mitos
é
bom viver o Natal possível.
Imperfeito
na prática do homem
Ecumênico
no falar à alma
carente
mas disponível
ainda
rico no avaliar o saldo.
Segue
o Natal a criar momentos
em
que a fraternidade emerge
e
a tolerância impõe as tréguas.
Nos
vale alimentar um símbolo
que
de amor e vida é síntese.
Valeu
por Noel para a criança
depois
dos anos vale a esperança.
Valem
os Natais que comemoramos
pelo
que nos mantêm de humanos.