LEMBRAS?
Te
lembras filhinha
teu
tempo era verde
tua
vida era azul
fluindo
nas alamedas
da
chácara sombreada.
Tuas
esperanças dormiam
que
não havia carência
que
o futuro era nuvem
distante
e sorridente.
Te
vejas como criança
no
jardim entre irmãos
bonecas
e cachorros
bicicletas
e diário
violão
e bailinhos.
Te
lembras dos velhos
tranquilos
e alegres
de
ti escondendo
em
discretos sorrisos
certa
calma nostalgia
de
viagem acabando.
Te
lembras filhinha
Bem
hoje ao sentires
cada
vez mais difícil
todos
juntos de novo.
Te
rendas filhinha
À
leve tristeza
que
resta dos gozos
da
vida que passa.
Mas
acordas filhinha
que
tens o tesouro
dos
dias felizes
que
abres de novo
nas
tuas crianças.
As
nossas e as tuas
alegrias
perdidas
se
renovam nos dias
que
o tempo reprisa.
Te
ocupes filhinha
Em
fazeres da vida
vivida
poesia
com
os doces momentos
que
tens hoje em ti.
Te
lembres filhinha
De
que tudo foi tão bom.
E
beijes tuas lembranças
ao
abraçar teus filhos.
SÓ
E
BEM
Feliz
o
navegante que faz sua rota
acha
seu vento e chega a seu porto.
Por
preceder os comboios
Ele
acaba viajando mais.