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VOLTA ÀS AULAS,

SEGUNDA CHANCE PARA TER UM ANO DEZ!

José Predebon

NOVAS GOTAS DE CRIATIVIDADE. Imaginem que há muitos ex-alunos visitando este site. Eles (mesmo não sendo muitos, kkk) merecem material renovado, até porque nosso tema é inovação e criatividade. Então, quem fez curso comigo nos últimos anos, recebeu os quinhentinos (textos de 500 toques exatos), chamados “gotas de criatividade”. Eram dez, e agora, viva a inovação, temos mais dez. Aqui vão, com uma observação ressalva: o campeão não foi substituído; então, “UCRÂNIA” continua. Fora ele, nove inéditos. Aqui nesta página cabem seis, e este preâmbulo já é um. Quem quiser os outros, é só pedir.    

CRIATIVIDADE É UM DOM? Tanta gente já me fez essa pergunta, que hoje resolvi dar uma nova resposta. Eu sempre dizia que, em vez de ser um “dom”, criatividade era característica do ser humano. E puxava a prova: basta ver que toda criança é criativa! Você foi! Devo ter dito isso mil vezes. Bem, agora passarei a dizer: é um dom, sim, um privilégio a ser aproveitado! Eu recebi esse dom, você recebeu, assim como todos em volta, desde o seu cabeleireiro que disfarça habilmente uma falha no cabelo, até um professor que tenta inventar resposta para o que não sabe. Então, se é um dom, sim, e você tem, aproveite!

TOLERÂNCIA & CRIATIVIDADE. Lidar com verdades novas exige dar desconto. Quem não tolera o que acha errado, não inova, fica sempre na posição antiga. “Mas mestre, quando eu me mostro tolerante os outros se impõem, eu fico sempre atrás, e aí?” Pergunta comum, tento responder. Diálogos profissionais ensinam a contornar, o que também pode ser feito com criatividade. Antes de tudo, paciência. Como barco à vela indo contra o vento – vai em zig-zag. E a tolerância também ajuda a negociar, pois não se bate de frente. Usam-se os flancos do assunto e aí temos mais chance de emplacar nossa idéia criativa.

JÁ TENTARAM FAZER E NÃO DEU CERTO. Esse é dos mais comuns chavões entre os motivos para recusar o novo. Só pode ser respeitado se a proposta for a de trancar a gaveta tão velozmente que permita pôr a chave dentro. Nos outros casos, considerar que o passado poderia ter obstáculos diferentes dos de hoje, que a pessoa que tentou não tinha habilidade, que usaram tecnologia antiga e hoje existem outras,  que tiveram muito azar, que foram sabotados, que a verba acabou antes do fim do projeto, e, finalmente, que foi mentira, não tentaram. Quem não tenta hoje, não sabe o que acontece. O novo só é novo por isso.

POR QUE PROIBIR O PROIBIDO. Antes de ir para a escola ouvimos da mamãe cerca de 15.000 nãos. Proibições pra cá, pra lá, tudo sem maldade,  só para nos enquadrar, proteger, adequar. Assim aprendemos a nos afastar da transgressão, para ser adultos convenientes. Decisões e julgamentos? Só dentro da lógica, claro. Um dia resolvemos usar a  criatividade. Ela está lá, dentro de nós, latente, ainda que meio atrofiada e enferrujada. Que fazer para acordá-la? Solução: uma chacoalhada forte, um reposicionamento. Pois bem, pra começar, vamos hastear a bandeira da liberdade total: É PROIBIDO PROIBIR!

UCRÂNIA. Quem não nasceu lá, e quer ser criativo, trate urgente da naturalização. Pois, para quem não sabe, os humanos se dividem em duas categorias: ucranianos e operadores de sistema. Que diferença! Os primeiros, o nome já diz, ao abrir a boca não o fazem sem usar o crânio, com tudo o que há lá dentro: massa cinzenta, sinapses imaginativas, especulativas, exploratórias. Já os pobres operadores de sistema não usam o crânio. Nem precisam, pois o seu treinamento Pavlov é só repetitivo. Mas... são humanos? Sim, mas pelas bordas, que no máximo permitem entender programas da tevê. Viva a Ucrânia!

(Aguardo comentários e pedidos de mais gotas. JP)

         
jose@predebon.com.br