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VIAGEM AO ARQUIPÉLAGO DA CRIATIVIDADE

Eis aqui a viagem virtual feita pelo Predebon e seus alunos em um curso de férias de julho, na ESPM de São Paulo. Foram visitados quatro portos, devidamente batizados de: Porto Maslow, Porto Platão, Porto Maurois e Porto da Decolagem.

 

Primeiro destino: Porto Maslow, Lá o guia mostrou aos turistas as comprovações das reservas de magma criativa a liberar, disponível a todos os interessados. E lá encontramos a grande biblioteca da Psicologia Humanista, com esta frase na sua entrada: “O homem criativo não é o homem comum ao qual se adicionou algo; o criativo é o homem comum do qual não se retirou nada”. O princípio dessa colocação de Abraham Maslow é defendido pela ótica de que o exercício da criatividade é na essência o raciocínio da espécie humana, um pensar não limitado pela lógica e pela experiência, como nos outros animais. O ser humano também conjectura especulando e também brinca com sua imaginação, abstraindo-se da realidade do cotidiano e da ciência, ao criar a fantasia. No Porto Maslow viu-se o homem criando poesia, enredos e novas soluções; viu-se o homem exercendo um tipo de raciocínio que as outras espécies não exercem. Viu-se o homem exercendo sua natureza, que é naturalmente criativa. Após passar pelo Porto Maslow, sabemos que somos todos criativos. 

 

Segundo destino: Porto Platão, foi uma revisita ao mito das sombras na caverna, quando o guia nos mostrou a ilusão da individualidade sem criatividade, e a chave da liberação, com as Aberturas. Nesse porto encontramos o culto da sabedoria, que liberta o homem de duas ilusões, sendo a primeira a que sua realidade é o que a sociedade coloca na sua frente, como sombras projetadas na caverna, na metáfora de Platão. A segunda ilusão é a de que o “ser consumidor” não está preso a bloqueios e condicionamentos para exercer sua individualidade. Aprendemos a lição que é sábio cultivar uma inserção descondicionada ao todo, exercendo nossas potencialidades com a independência possível e mantendo-nos abertos para conviver com a diversidade e sua dinâmica, a complexidade.

 

Terceiro destino: Porto Maurois, local para uma verdadeira cirurgia curativa da miopia mental, quando o guia nos levou aos cumes da percepção, com novas realidades descobertas pelo descondicionamento da visão. Lá encontramos o império da relatividade, e aprenderemos como navegar entre suas correntes conjugadas. Soubemos que nada é absoluto, a começar pela percepção da vida, que deve oscilar entre nossa ótica regida pela emoção, e nossa consciência de que somos simples fios da teia da vida. Ao flexibilizarmos a maneira de ver o mundo, concordamos com a frase de André Maurois que fala da importância de nos dispormos a mudar: “As grandes descobertas não são fruto de viagens que pudemos realizar, mas de um novo olhar que conseguimos adotar”.

 

Último porto: Pista de decolagem, onde começaram as aventuras no balão inventado pelo Predebon, com o gás da fantasia equilibrado com o lastro da realidade. Nesse porto finalmente encontramos ingredientes para compor a nossa receita pessoal de navegação bem sucedida: os recursos para aproveitar potencialidades individuais. Receberemos lições de vôo para dominar o balão que nos levará a um futuro ótimo, conquanto consigamos manter o equilíbrio entre a fantasia e a realidade. Local para decolar então, na nova viagem, que recomeça a cada dia.

 

         
jose@predebon.com.br